Não sou tecto
nem cigarro cravado à culpa
Não sou árvore
lamento respirar gente
Não sou mágoa
no presente em fios-lã
Não sou espelho
prestes a virar borbulha
Eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu
Agrafo saudades à testa
sirvo bandeja de vísceras
Não sou dívida
por entre facturas expostas
Não sou canja
nem visto pele de galinha
Não sou linha
alguém me atropelou
Não sou pretexto
com sorte talvez apêndice
E eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu
Agrafo saudades à testa
sirvo bandeja de vísceras
entorno a sopa dos tristes
num compasso binário
e-u e-u
quinta-feira
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