quarta-feira

OBRA SOBRINHA

Meus raros
Não fiquem abismados
É verdade o que vos digo
Ou um fardo feito saco de pancada

Meus raros
Não fiquem chorosos
Intróito velado
Reclama versos sentidos

Posto isto
Obra sobrinha escrita
Só possível por ausência da prima
Essa triste apontada
Deixou-se quedar em bronze
Nos banhos de luar
Honra lhe seja feita
Escolheu o quarto crescente
Para compensar crónica miopia

Ah meus raros que de tão raros os julgo familiares
Não fiquem abismados
Nem tampouco chorosos
A sobrinha furou orelhas
Já pendura saudades
E até dizem ser feliz pelas suas varizes

Sem comentários:

Enviar um comentário