sexta-feira

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Até ao fim, o amor é um intervalo, na solidão, feito a dois. Assim saiba esperar quem dele precisa como suporte básico de vida para sentir, boca a boca, o pulsar da saudade.
Até ao fim, hei-de foder e respirar pela acácia, pelo colibri e outras coisas tais que nem ousarei pincelar. Faltar-me-ão dedos gastos pela consumição alheia.
Até ao fim, atenderei lamentos e recordar-me-ei que de loucos e moucos todos temos uma quinta parte. Deus terá desfeito, num qualquer dia mais mal acordado, as outras.
Até ao fim, soarão trombetas e vulvas suicidas. Dos estilhaços, nem sol, nem pontos negros, apenas incertezas floreadas pelo choro.
Até ao fim, a porta continuará aberta. Entrem.









Por aqui?
Lembrem-se, até ao fim, o amor é um intervalo, na solidão, feito a dois. Assim saiba esperar quem dele precisa como suporte básico de vida para sentir, boca a boca, o pulsar da saudade. Agora, já que o paciente esvaiu-se em impaciência, desliguem as máquinas.

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