segunda-feira

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Perguntam-me o que trago nas mãos
ostras de plástico
envoltas num bordado
ponto de luz

Perguntam-me se já fodi
todos os dias
em silêncio
e quase sempre o silêncio

Perguntam-me por palavras destiladas
responder-lhes-á o meu fígado
que Deus não oiça
nem veja
que Deus tropece nos dias.

1 comentário:

  1. estes poemas melhoram e com palavrões---
    toda a gente fode quase sempre em silencio para dentro de nós proprios e o proprio silencio !! muito bem gosei verdadeiramente deste poema entulhado.

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