sexta-feira

Siano

nunca trepei a minha árvore
tenho medo
não de quebrar um ou outro ramo
mas sentir o passado como paliativo
que eu moribundo recuso aceitar.

quarta-feira

tenho o vício das manhãs sem estore
um meio corpo
além, Bob Dylan
outro meio por ouvir

sei bem quanto divido
sabe bem saber-me pela fronteira

não acredito em heróis de banda gástrica
acredito no apocalipse dos collants

tudo fumo
até o coração varro
como uma beata

é vício
é vida
logo ironia.